terça-feira, 10 de janeiro de 2012

intervenção pelos 100 anos de Arthur Bispo do Rosário

De 09 a 12 de Janeiro acontece em Japaratuba - Sergipe, o XI Festival de arte Arthur Bispo do Rosário.

Eu estive em novembro na cidade, onde fiz uma intervenção pelos 100 anos do Bispo. agora volto para concluir as tomadas de imagens e depoimentos para um vídeo sobre a cidade do Arthur.

Para bombar o Festival eu editei um ensaio fotográfico em 6 breves capítulos no meu blog. Para ver as fotos basta clicar no caminhão ao lado.

forte abraço, Sandro Abade Pimentel

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Debate "A privataria tucana e o silêncio da mídia"

Descrição
O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé convida você para o debate "A privataria tucana e o silêncio da mídia" e coquetel de lançamento do livro "A privataria tucana". O evento acontece na quarta-feira (21), no Sindicato dos Bancários (Rua São Bento, 413), em São Paulo.
Participantes do debate:
- Amaury Ribeiro Jr., - autor do livro "A privataria tucana";
- Paulo Henrique Amorim - jornalista e blogueiro;
- Protógenes Queiroz - deputado, autor do pedido da instalação da CPI da Privataria.

Após a atividade, acontecerá também festa de confraternização do final de ano do Centro de Estudos Barão de Itararé.

Realização:
- Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé

Apoio:
- Sindicato dos Bancários de São Paulo

Contato:
contato@baraodeitarare.org.br
imprensa@baraodeitarare.org.br

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Só se fala disso no mundo surreal


Por Dalva Teodorescu

O melhor do livro de Amaury Ribeiro Junior foi colocar em evidência o quão vivemos em um mundo surreal.

Todo mundo só fala do livro. Nos telefonemass, nos caixas das livrarias, nos bastidores da notícia, nas portarias dos prédios. Só se fala nisso.

Só a mídia tradicional não viu. Como a Carolina, da Banda de Chico Buarque.

É o assunto do momento! Aquele que interessa, caramba. Todo mundo quer ler o livro e o livro sumiu das livrarias.

Até parece coisa do tempo da ditadura.

O que aconteceu? Um divisor de águas no mundo do jornalismo? Um imprevisto?

O livro fez mais barulho do que pensavam.  Isto é fato. 

Análises e derrapagem de FHC e Vera Magalhães


Por Dalva Teodorescu

Vera Magalhães assinou um texto na Folha de São Paulo, com a rubrica análise. Sempre achei que os jornalistas deveriam usar a palavra análise com parcimônia. 

O termo requer rigor no uso dos dados, comparações, distanciamento, levantamento, confirmação ou infirmação de  hipóteses, por exemplo. Tudo isso não combina  com textos de opinião.

Mesmo assim me dispus  a ler o texto. Fiquei pasma! Em “sua “análise” sobre a correlação de forças no jogo da disputa tucana para 2012, a jornalista escreveu que “ todos os nomes colocados na praça são “japoneses””. 

Fiquei tonta, reli a matéria para ver se a frase estava na boca de algum político desnaturado. Não! Era da jornalista mesmo. Ela ainda repetiu a história do nome “japonês” para se referir ao candidato petista.
   
Não entendi o que Vera Magalhães quis dizer com nomes "japoneses". Indaguei uns e outros, ninguém entendeu o sentido, mas todos perceberam ali uma frase xenófoba.

Mais do que falta de tato e bom senso a frase é pejorativa e denota preconceito contra um povo refinado, que compõe a nossa sociedade e contribui enormemente para a riqueza da nossa cultura e para a cultura universal.

Lamentei a derrapagem da jornalista e fiquei preocupada com a negligência da equipe editorial.

Pois não é que lendo uma entrevista de Fernando Henrique Cardoso, no Estadão, encontrei a maldita frase sobre os candidatos japonês”. "Está iguaizinho. É tudo “japonês”", disse o ex-presidente.

Lamentável.

Quem será que copiou quem? Mais lamentável ainda.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Um peso e uma medida ou: A privataria Tucana e o silencio da mídia

Por Dalva Teodorescu


Saiu o esperado livro de Amaury Ribeiro Júnior sobre a privataria tucana e o alto envolvimento da família do ex governador José Serra no esquema.

O assunto foi capa da revista Carta Capital desta semana. A farta documentação, colhida pela PF, comprovando o esquema, mereceu comentário do excelente Nirlando Beirão, no Jornal de Heródoto Barbeiro, na Record News, e do Jornal da Gazeta, de Dácio Nitrine.

Curiosamente, notou se um silêncio sepulcral por parte da velha mídia. Nem uma palavra sobre o assunto partiu dos editoriais da Folha de São Paulo, de O Estado de São Paulo ou de O Globo.

Nem tão pouco da boca dos justiceiros matinais dos Jornais de rádios, como o Jornal da Manhã, da Jovem Pan, e os Jornais da Band e Band News.

Os denunciadores de serviço, Fernando Rodrigues, Eliane Catanhêde, Janio de Freitas, Ricardo Boechat, Datena, Joseval Peixoto, todos se calaram sobre o fato.

Nem uma palavra que seja para contestar o autor do livro, dizer que está sendo processado pela família tucana, qualquer coisa. Mas não; preferiram o silêncio, um meio de se comunicar como outro, mas que pode ser mais fatal do que qualquer palavra, escrita ou falada.

 A pergunta que vem à mente é:  O que têm os tucanos da capital paulista para a mídia os preservarem de seus malfeitos, seja quais forem as circunstâncias?  

O que temem os nobres jornalistas que se atropelam uns aos outros para denunciar as falcatruas de qualquer outro partido, menos as do partido de Higienópolis?

A mídia brasileira se acoberta no padrão SIP de informar, para praticar, de maneira impune e confiante, uma oposição mais do que seletiva.  

Mas a Sociedad Interamericana de Prensa (SIP) está sendo contestada em toda a América Latina. Na Argentina, os abusos da mídia tradicional foram tão longe que, hoje, os jornalistas preferem omitir a profissão para evitar o menosprezo expresso no olhar do povo. Claro que estamos falando de um povo bem informado, psicanalisado e crítico por excelência.  

O povo brasileiro não é o argentino, mas as coisas podem mudar com o acesso à educação e a aquisição de capital cultural.  

Neste dia, talvez, o padrão SIP tenha que prestar conta à sociedade brasileira, como está acontecendo na vizinha argentina.  



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O que você consume, pode te consumir

Por Diego da Silva T Mota
4º Semestre Jornalismo


O ato de comprar e consumir nem sempre retrata uma necessidade do indivíduo, muitas vezes essa vontade imensa de estar comprando é um vicio, onde a pessoa não se dá conta de que está viciada e portanto nem sonha em parar de consumir.


            Vivemos em um mundo capitalista, onde cada vez mais as pessoas são levadas a comprar coisas novas, a cada novo lançamento de um celular, de uma televisão, de um carro, de um vídeo-game, de um computador ou qualquer outro produto, as pessoas ficam desesperadas para comprar e poder não somente usar seu aparelho, mas mostrar que está por dentro das novidades. Até aí, nenhuma novidade, pois cada produto novo que é lançado, o produto que era antigo vai perdendo atenção. Um vídeo-game, por exemplo, é um aparelho que não é possível ficar com o mesmo modelo por muito tempo, pois os jogos e o conserto do aparelho vão sendo extintos, sendo criados jogos para o novo modelo, assim como a especialização do conserto. Portanto, para se viver num mundo capitalista, de fato você deve comprar e consumir.

            No entanto, as pessoas acabam pegando um gosto por comprar as coisas e, a partir daí, aparece o risco do vício. Onde você nem ao menos para para pensar se realmente precisa de tal objeto, seja uma roupa, um aparelho eletrônico, um móvel; você simplesmente compra por já estar viciado no prazer que é gastar o dinheiro e comprar algo. Simplesmente quando você chega em casa você percebe que não precisava daquilo, mas já que comprou, vai usar. E assim inicia um ciclo vicioso, onde ao comprar você é levado apenas pelo prazer, pela sensação e não pela razão, pela necessidade.
Foto tirada no Sesc Vila Mariana - SP

            Muitas pessoas não têm renda suficiente para consumir e gastar tanto, e mesmo assim, acaba comprando, se atolando em dívidas que não sabe como pagar e se afundando. O vício do consumismo é um vício que, assim como outros, pode acabar com a vida de alguém. A publicidade, cada vez mais cria comerciais, propagandas, de modo a induzir sempre o consumo de forma constante, e de fato consegue seduzir a população que, a todo instante, está consumindo. E esse constante consumo se dá por conta de que as pessoas não ficam saciadas nunca com as coisas que têm, desejam tanto um produto, mas logo que o compram, ele já não é tão bom, e é necessário outro.
            O desejo é um sentimento perigoso e muitas vezes insaciável. Pessoas formam grupos de ajuda para lutar contra esse vício de compra, grupos como alcoólicos anônimos ou outros tantos. O primeiro passo é saber que está viciado, parando apenas por alguns segundos para refletir o porquê de estar comprando. É um vicio que consome e estraga vidas, assim como todos os outros, e por isso não se pode ter vergonha de buscar ajuda.

           

Os leitores da Folha e o câncer de Lula




Muito me admirou o texto de Gilberto Dimenstein sobre a falta de sensibilidade dos inúmeros leitores da Folha de São Paulo que escreveram desejando todo o mal do mundo para Lula e o seu câncer na laringe.  

Ora, os leitores que escreveram para Dimenstein foram criados com a mamadeira da Folha. Mamadeira vitaminada de ódio e preconceito social contra o ex-presidente. 

A agressividade, a falta de respeito e de educação em relação à doença do ex-presidente, que tanto chocou Dimenstein, são destiladas diariamente pelo Jornal e choca muitos daqueles que reconhecem os bem feitos do ex-presidente. 

Como bem disse o colunista, cabe aos jornalistas educar os leitores.  Foi o que sempre fez a Folha que colhe nesse episódio o que semeou em suas colunas e editoriais.   

Ou só os jornalistas podem destilar ódio e preconceito?